terça-feira, 16 de agosto de 2011

MAUÁ, O IMPERADOR E O REI


TÍTULO DO FILME: MAUÁ, O IMPERADOR E O REI (Brasil. 1999)
DIREÇÃO: Sérgio Resende
ELENCO: Paulo Betti, Malu Mader, Othon Bastos, Antonio Pitanga, Rodrigo Penna;
134 min

Sinopse (fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/maua/)

Arroio Grande, Rio Grande do Sul. É nesta pequena localidade que vivia Irineu Evangelista de Souza (Paulo Betti) e tudo indicava que passaria sua vida ali (ou pelo menos grande parte), mas o destino interveio e de forma funesta, pois ainda garoto Irineu se tornou órfão, quando seu pai foi morto por ladrões de gado. Dois anos depois, sua mãe decidiu se casar novamente com João Jesus, mas como o padrasto não aceitava um enteado Irineu foi morar no Rio de Janeiro com Batista, seu tio. No Rio vai trabalhar no armazém do português Pereira de Almeida (Elias de Mendonça), onde o jovem Irineu descobre ter jeito para os negócios, pois tinha uma visão ampla do que iria acontecer no comércio. Ele se torna um funcionário de confiança e um cobrador impiedoso, levando Queiroz (Hugo Carvana) ao suicídio após tomar todos os bens (inclusive escravos) como pagamento de uma grande dívida. Irineu defendia o fim da escravidão por razões econômicas e era um homem de palavra, o que faz seu talento ser reconhecido por Richard Carruthers (Michael Byrne), um escocês que vivia no Brasil, que o emprega em sua firma de exportação e lhe dá as primeiras noções das teorias econômicas. Alguns anos depois, Carruthers diz que sente o mesmo que os negros, banzo, que é saudade da terra natal, pois ficara rico no Brasil mas deixara seu coração na Escócia. Assim, parte deixando Irineu comandando os negócios. Nesta altura da vida, Irineu se apaixonou pela sobrinha, May (Malu Mader), com quem irá se casar e ter vários filhos. Em Liverpool, Inglaterra, se deslumbra com a potência das fábricas e decide liquidar sua empresa comercial para se arriscar na construção da primeira indústria brasileira, uma fundição e estaleiro em Ponta de Areia, Niterói. Desde quando começou a enriquecer, Irineu ganhou um inimigo para toda a vida, o Visconde de Feitosa (Othon Bastos), que o via como um aventureiro que sonhava apenas em ganhar mais dinheiro e desviar o Brasil da sua "vocação agrícola". Irineu queria modernizar o país, mas sofreria mais obstáculos do que seria capaz de imaginar, pois seria prejudicado por estrangeiros mas principalmente pelos brasileiros que pertenciam a uma oligarquia, que apenas queriam usufruir os bens sem nada produzir.
TEXTOS
PRADO, Luis Carlos D. A economia política das reformas econômicas da primeira década. Palestra intitulada Economia Republicana e Revolta Social: Crise Financeira e Instabilidade no Alvorecer da República, para seminário em comemoração aos cem anos de Canudos, ocorrido no Museu da República no Rio de Janeiro. (clique aqui)
FONSECA, Pedro Cézar D. Gênese e precursores do desenvolvimento no Brasil. Revista Pesquisa & Debates, SP, v. 15, n. 2 (26), p. 225-256, 2004. (clique aqui)
KUNIOCHI, M. Naomi. Mauá e o jogo do anacronismo. Rio Grande, Biblos, 16, p. 157-165, 2004. (clique aqui)

terça-feira, 29 de março de 2011

AVALIAÇÃO OUTONAL


ATENÇÃO: a avaliação (dia 12/04/2011) consistirá de prova escrita sobre um capítulo da obra de Gilberto Freyre (os capítulos serão selecionados para cada um dos alunos) e sobre os textos complementares.


Outros elementos da avaliação:

1) no dia da avaliação escrita os discentes deverão entregar fichamento manuscrito da obra Casa Grande e Senzala.

2) participação em sala de aula: 5/04/2011, com entrega de dois exercícios: a) Esboço histórico-biográfico de Gilberto Freyre (Documentário, e Reis, 2000); b) texto refletindo o uso das Ordenações Afonsinas e Manoelinas, capítulo III O colonizador Português: antecedentes e predisposições.



Giuseppe ARCIMBOLDO Autumn 1573 Oil on canvas, 76 x 64 cm Musée du Louvre, Paris






CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

1-15-22-29/03/2011; 05/04/2011


FREYRE, Gilberto. Casa-grande e senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. Rio de Janeiro: Record, 1990.


PESAVENTO, S. J. Negritude, mestiçagem e lusitanismo: o Brasil positivo de Gilberto Freyre.In:AXT, Gunter, SCHÜLER, Fernando Luis (Org.). Intérpretes do Brasil. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2004, p. 177-191.


OLIVEN, R. G. Gilberto Freyre e a questão regional. In:AXT, Gunter, SCHÜLER, Fernando Luis (Org.). Intérpretes do Brasil. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2004, p, 192-213.


SILVA, J. M. Gilberto Freyre, o clássico injustiçado.In:AXT, Gunter, SCHÜLER, Fernando Luis (Org.). Intérpretes do Brasil. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2004, p. 202-213.


REIS, José Carlos. As identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 2000. (ver Gilberto Freyre)

terça-feira, 22 de março de 2011

Casa Grande & Senzala

Dados do Documentário Casa Grande & Senzala
Ficha Técnica:Casa Grande & Senzala, baseado na obra de Gilberto FreyreRealização: TV Cultura - 1995Direção e Roteiro: Marya Inês LandgrafProdução: Thaís CarrapatosoPesquisa Iconográfica: Nerci FerrariImagens: Elizeu FerreiraÁudio: Alcides AlmeidaAuxiliar de Câmera: Sidney AndradeEdição: Manoel ViúdesPós-Produção: Dario de OliveiraArte: Aida Cassiano, Paulo César Dias, Aimberê Santos e Wesllen da Silva SilvérioCenografia: Luciene GreccoTrilha Sonora: David TygelNarração: Irineu ToledoDireção de Fotografia/Estúdio: Maurício ValimParticipação Especial: Antônio NóbregaDepartamento de Documentários: Teresa Otondo







Texto do documentário: clique na figura acima.



Para os exercícios a serem desenvolvidos na disciplina acerca das Ordenações Afonsinas e Manoelinas consultar respectivamente:


http://www1.ci.uc.pt/ihti/proj/afonsinas/l1ind.htm






quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Audiovisual - IPH

Na próxima semana - dias 22 e 23/02/2011 - (dependendo do encaminhamento das discussões em sala de aula) estarei apresentando trechos específicos do seguinte material audiovisual :

AYMARD, Maurice. La recherche en histoire: problematiques et objets. Paris, Fondation Maison des Sciences de l'home; Equipe Sémiotique Cognitive et Nuveaux Media, 2002, entretien, 1:58m.




MAURICE AYMARD (1936, Toulouse, France)

historiador, diretor de estudos da l'École des Hautes Etudes en Sciences Sociales (EHESS) e administrador da Maison des Sciences de l'Homme (MSH)

Tese: Venise, Raguse et le commerce du blé pendant la seconde moitié du XVIe siècle (1966).


Principais obras

AYMARD, M. (éd.), Dutch Capitalism and world capitalism/ Capitalisme hollandais et capitalisme mondial , Cambridge/Paris, 1979.
AYMARD, M., GIARRIZZO, Giuseppe(éds.),Storia d'Italia. Le Regioni dall'Unità ad oggi: la Sicilia , Turin, Einaudi, 1987.
AYMARD, M., MUKHIA, Harbans (éds.), French Studies in History , vol.1: The Inheritance , vol.2:
New departures , New-Delhi, Orient Longman, 1988/89.
AYMARD, M., ANDERSON, P,, BAIROCH, P. BERBERIS, W., GINZBURG, C.(éds.), Storia d'Europa , Turin, Einaudi, 5 vol., 1993-96).
Co-direction avec Claude Grignon et Françoise Sabban, Le Temps de manger, Paris, Editions de la MSH/Editions de l'INRA, 1994.
Co-direction avec Hélène Ahrweiler, Les Européens, Paris, Hermann, 2000.





Artigos Recentes

- "Le métier de l'historien: les voies actuelles de l'enseignement et de la recherche".
- trad. espagnole : “ El oficio de historiador. Perspectivas actuales de la ensenanza y de la investigacion ”, in Paulino Iradiel (coord), “ El Mediterraneo medieval y la idea de Europa ” , Revista d’Historia Medieval , Valencia ,6 (1995), pp. 175-186.
- “ Conflicts and seductions : some case studies in the western Mediterranean world (16th-17th c.) ”, in Tuan Hj. Mohd, Ariff Bin Yusof et Denys Lombard éd., , Cultures in Contact , Kertas kerja Simposium antarabangsa mengenai hubungan antara kebudayaan (Actes du Symposium de Kuala Lumpur) 2-3 avril 1996, Kementerian Kebudayaan, Kesenian dan Pelancongan Malaysia/ Ecole Française d’Extrême-Orient, 1997.
- “ Histoire et prospective ”, Economies et Sociétés , Développement, croissance et progrès (Hommage à Ignacy Sachs), série F., n°36, 1/1998, pp. 37-46.
- Trad.espagnole : “ Historia y Prospectiva ”, Prohistoria (Debates y combates por la historia que viene), 3/1999, pp. 33-42.
- ”La Méditerranée chrétienne et l’essor du monde moderne (XIIIe-XVIIIe siècles). Espace et économie urbaine : métropoles, mégapoles, mégalopolis ”, in Claude Nicolet, Robert Ilbert, Jean-Charles Depaule (sous la direction de), Mégapoles méditerranéennes. Géographie urbaine rétrospective , Paris/Aix-en Provence/Rome, Maisonneuve & Larose, Maison méditerranéenne des sciences de l’homme, Ecole Française de Rome, 2000 pp.104-116.
- “ La formalisation à l’épreuve de l’anachronisme : les historiens et le marché ”, in Jean-Yves Grenier, Claude Grignon et Pierre-Michel Menger (sous la direction de), Le modèle et le récit , Paris, Editions de la MSH, 2001, pp. 179-195.
- “ One Braudel or several ? ”, Review, XXIV, 1, 2001, pp.13-24.



terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Programa - Historiografia Brasileira

EMENTA

Teoria da História do Brasil: discussão conceitual. Fases da historiografia brasileira. Autores e seus críticos: interpretações do Brasil desde a fundação do IHGB até os anos 1970.

1 OBJETIVOS:

Levar os acadêmicos a compreenderem as diferentes fases do desenvolvimento da historiografia no Brasil;

Possibilitar ao corpo discente o domínio dos principais pressupostos teóricos e de investigação no âmbito ciência histórica;

Estimular o debate e o levantamento de questões em torno do pensamento sobre o Brasil a partir da história e da literatura.

2 MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO:

Como os objetivos desse curso têm em sua proposta, valorizar a construção do conhecimento, as leituras possibilitarão ao corpo acadêmico, não só refletir as temáticas levantadas ao longo do período letivo, mas também debate-las durante a realização de seminários, trabalhos em grupo e elaboração de artigo.

3 AVALIAÇÃO:

O objetivo da avaliação é aferir a produção de conhecimento. Assim, esta difícil tarefa imposta aos docentes se fará por meio de procedimentos amplamente conhecidos: fichamentos, resenhas, interpretação de documentos (inglês, espanhol e/ou francês), apresentação de trabalhos, elaboração de artigo, atividades designadas em sala de aula, mesa-redonda, seminário e análise de filmes e documentários.

4 CRITÉRIOS DE CORREÇÃO

Para que a comunicação entre docente e discentes ocorra de maneira eficiente é necessário tornar conhecidos os procedimentos de avaliação para que esta seja justa e eficiente, aprimorando o ser humano. Assim, a mensuração da narrativa considerará o desenvolvimento das idéias empregadas nos textos, a fidelidade às leituras e à interpretação (documental ou bibliográfica), desenvoltura na apresentação de trabalhos e a utilização das normas de apresentação e escrita.

5 PROGRAMA

5.1 1º BIMESTRE: FEVEREIRO, MARÇO E ABRIL

A teoria e o conhecimento da sociedade brasileira: a história e a literatura;

A Produção Histórica sob a influência do IHGB.

2º BIMESTRE: MAIO E JUNHO

Interpretações do Brasil: século XIX.

A produção histórica sob a influência da Universidade.

5.3 3º BIMESTRE: AGOSTO E SETEMBRO

Interpretações do Brasil: século XX.

Interpretações culturalistas: anos 30; anos 50;

5.4 4º BIMESTRE: OUTUBRO E NOVEMBRO

Interpretações culturalistas: anos 60; anos 70.

Interpretação econômico-sociológica.

ATIVIDADES PRÁTICAS

Além das atividades relacionadas às práticas dos componentes curriculares atenderemos à Resolução nº 3 de 02/07/2007. A complementação da carga horária será realizada aos sábados por meio das seguintes atividades

CINEMA E HISTÓRIA: exibição e análise de filmes relacionados à disciplina de Historiografia Brasileira (8 HORAS).

ANÁLISE DE FONTES: análise de documentação concernente aos temas elencados na disciplina (8 HORAS).

7 BIBLIOGRAFIA BASICA

ABREU, Capistrano de. Capítulos de História Colonial 1500 – 1800 & Os caminhos antigos e o povoamento do Brasil. Brasília: UNB, 1983.

______. Sobre o Visconde de Porto Seguro. In: Ensaios Estudos: Crítica e História. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Brasília: INL, 1975.

______. O caráter nacional e as origens do povo brasileiro I e II. In : Ensaios e Estudos: crítica e história. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1976. P.3-24.

HOLANDA, Sérgio Buarque de. Metais e pedras preciosas. In: Holanda, S. B. de (Org). História Geral da Civilização Brasileira. A época colonial. Tomo I, 2º. Vol, 7ª. Ed., Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 1993. p. 258-310.

______. Monções. Rio de Janeiro: Casa do Estudante do Brasil, 1945.

______. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

______. Visão do Paraíso: os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1994.

CANDIDO, A. O significado de raízes do Brasil. In: Holanda, S. B. Raízes do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1976.

COUTINHO, J.J. DA Cunha Azeredo. Holanda, S. B. (org.). Obras econômicas de J. J. Cunha de Azeredo Coutinho: ( 1794-1804). São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1966.

FERNANDES, F. A revolução burguesa no Brasil. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987.

FREYRE, Gilberto. Casa-grande e senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. Rio de Janeiro: Record, 1990.

FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Nacional, 1979.

______. A pré-revolução brasileira. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1962.

MENDES, Claudinei Magno Magre. Caio Prado Júnior e a História do Brasil: a colonização como produção para o mercado externo. Alves, P. (org.). Ensaios historiográficos. Assis: Autores associados, 1997. p. 40-79.

ODÁLIA, N. Introdução. In: Varnhagen, São Paulo: Ática, 1979. (Grandes Cientistas Sociais).

RODRIGUES, J. H. Varnhagen, Mestre da História Geral do Brasil. In: Ver. Do IHGB, 1967.

RODRIGUES, J. H. Prefácio. In: Capítulos de História Colonial (1500 – 1800). Rio de Janeiro: Bruiguei, 1954.

________. Capistrano de Abreu e a historiografia brasileira. In: História e Historiadores do Brasil. São Paulo: Fulgor, 1965.

SODRÉ, Nelson W. História da Burguesia Brasileira. Petrópolis: Vozes, 1989.

PRADO JÚNIOR, C. A revolução Brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1966.

________. História econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1986.

VARNHAGEN, F. A. de. História Geral do Brasil. In: ODALIA, N. (ORG) VARNHAGEN. São Paulo: Ática, 1979.

________. História Geral do Brasil: antes de sua separação e Independência de Portugal. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1962.

IGLESIAS, F. Caio Prado Jr. São Paulo: Ática, 1982.

D’INCAO, M .A . História e Ideal. São Paulo: Brasiliense, 1984.

SODRÉ, N. W. Modos de produção no Brasil. In: LAPA, J. R. do Amaral. Modos de produção e realidade brasileira. Petrópolis: Vozes, 1980.

BESCU, Mircea. Exercícios de história econômica do Brasil. São Paulo, Apec, 1968.

CARDOSO, Ciro Flamarion, BRIGNOLI, H. Pérez. História econômica da América Latina: sistemas agrários e história colonial - economias de exportação e desenvolvimento capitalista. Rio de Janeiro: Graal, 1983.

CARDOSO, F. Henrique. Capitalismo e escravidão no Brasil meridional: o negro na sociedade escravocrata do Rio Grande do Sul. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.

FREITAS, Marcos César de. Historiografia brasileira em perspectiva. São Paulo: Contexto, 2005.

LIMA, Heitor Ferreira. História do pensamento econômico no Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1976.

LORENZO-FERNADES, O. S. A evolução da economia brasileira. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.

REIS, José Carlos. As identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 2000.

VARNHAGEN, Francisco Adolfo de. Dos índios do Brasil em Geral. In: História Geral do Brasil: antes de sua separação e Independência de Portugal. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1962.